sábado, 19 de julho de 2014

BRASIL MOSTRA SUA CARA : FORMA E CONTEÚDO DA ELITE BRASILEIRA

Desde as capitanias hereditárias, que foi quando de fato o Brasil começou a existir, que nosso País vive uma farsa. O nome dessa farsa se chama “Privataria”, que nada mais é que repartir entre uns eleitos iluminados (de forma privada) o patrimônio público.

De fato, é assim que se consegue que o Caótico Distante se torne algo menos disforme e mais coerente. Ninguém em sã consciência, aqui ou em qualquer outro lugar do planeta se disporá a encarar desafios gigantescos em troca de um “nada”, ainda que esse nada possua enormes potenciais.

Quando o poder não é disponível e é apenas uma possibilidade podemos vende-lo mais barato ou então deixá-lo onde está adormecido como um reserva a ser explorada mais a frente.

 Como numa mina de ouro, em que se explora primeiro o que é mais garantido e menos dispendioso, assim é com tudo mais. Mas voltemos ao termo “Privataria” e às Capitanias hereditárias do Brasil… Pensemos numa Europa poderosa liderada por Portugal e Hespanha com suas naus percorrendo o mundo em busca de mais poder, seguidos de inglaterra, holanda e outros países que se lançavam ao mar.

Em paralelo as esquadras nacionais patrocinadas por nobres e reis, que funcionavam como autenticas empresas e companhias de exploração de “além mar”, existiam os Piratas e Corsários que achavam mais prático roubar o produto final, os tesouros. Essa simplificação da história serve para demonstrar que não era tão vantajoso assim a exploração “além mar” – existiam riscos.

Como forma a contornar prejuízos e perpetuar as conquistas que resolveram “premiar” outros aventureiros - não menos piratas - nobres dispostos a ser prepostos dos interesses das Coroas com promessas de imensas riquesas e favores incontáveis.

Esses privilégios são portanto a marca indelével da base histórica do então inóspito Brasil. As colônias de todas as coroas européias (Eua, Brasil, Austrália, Guianas, India, China, África, etc) formaram o embrião de todos os paíse não-desenvolvidos ditos de terceiro mundo. Consolidou-se o
capitalismo periférico (ou satélites) que orbitava os capitalismos centrais.

Metrópolis luxuosas se abasteciam de produção escrava e riquesas naturais importadas dessa colonias, além dos pesados impostos que iam aumentando de tamanho a cada ano. Varias colonias, no entanto, foram crescendo e querendo ser independentes e até assumir centralidade e precisaram ser desestimuladas. Esse é o palco mundial que ainda persiste no mundo de hoje.

 E a questão atual não é como se tornar independente, mas qual deve ser o Dono de cada país. Seremos dominados pelos EUA ou pela China e Rússia??? Qual o pior??? Numa simplificação ainda maior, a pergunta é PSDB (Israel-Eua-Inglaterra) ou PT (China, Rússia, Cuba)???

 O governo policialesco dos americanos no qual não existe nenhuma liberdade ou o comunismo oriental onde tampouco existe liberdade alguma. Querem uma sugestão? Eu indico tentar uma neutralidade por maior tempo possível, se for possível. E indico os políticos brasileiros todos os atuais – ainda que corruptos- pois confundem a nós todos e também os estrangeiros. Mas, desculpe, eles não fazem isso de propósito não, mas por oportunismo.

 Quanto ao valor intelectual e estratégico desses nossos políticos, posso dizer que nossa elite “burguesa” não é mais ou menos sábia daqueles que se dizem operários e trabalhadores. Nossos sábios, letrados e intelectuais são uma farsa (FHC, Darcy, Suplicy, Sarney) pois não tem o menor conteúdo, são apenas fruto do ambiente generoso do poder econômico.

 Tampouco os que se dizem do povo, pobres, operários e trabalhadores são o que dizem ser, nunca o foram. Talvez alguns o tenham sido, algum dia, mas isso já faz tanto tempo…