INVESTIR PARA CRESCER
Dando continuidade à agenda de investimentos pós-ajustes, a presidenta Dilma anunciará amanhã (9) o maior plano para a área de infraestrutura da história do País. Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação Social, a medida terá execução imediata e vai garantir o crescimento da economia brasileira de forma sustentável. “Isso garante a prioridade do governo, que é fazer com que o Brasil cresça com distribuição de renda, inclusão e justiça social”, afirmou Edinho Silva. Saiba mais: goo.gl/7qoOdR
Não é que a presidente Dilma considere diminuir gastos com seus programas sociais. O que ocorre, é que os benefícios econômicos diretos e indiretos desses programas ainda que tenham colocado o país num outro patamar não serão capazes por si só de continuar com o crescimento almejado.
“Distribuir renda é uma exigência moral, mas também uma premissa para o crescimento” (Dilma Roussef)
O Brasil precisa crescer ainda mais, precisa subir um novo degrau, e nesse novo nível não basta a população ter saído da miséria social e sermos bons produtores de commodities. No atual patamar que nos encontramos já podemos pensar em ser -também- grandes produtores de produtos industrializados.
(...) Para deter uma tendência de desindustrialização devemos usar a riqueza advinda do petróleo e das demais commodities para promover o desenvolvimento e a riqueza permanente do País.
(...) o futuro econômico do Brasil passa por como usará suas commodities.
Não que os produtos industrializados sejam o "filé mignon" para qualquer economia, isso é um mito. (*veja no final)
Então estamos num novo patamar que precisamos de educação que embase tecnologia e de tecnologia que embase industrialização e também infraestrutura para essa industrialização.
Mas continuam fundamentais para o país tanto os investimentos sociais como as commodities, não podemos fazer como certas economias capitalistas que focam tudo e todos num projeto único econômico de tecnologia e industrialização a qualquer custo. Isso não é sustentável e não é humano! A economia não pode ser um fim em si mesma, ela é uma ferramenta para o benefício da população do país e também de outros países.
Dentro dessa visão de sustentabilidade, Dilma considera que os investimentos em infraestrutura/tecnologia sempre que possível devem ser desenvolvidos em parceria com outras nações. Expandindo assim fronteiras e
oportunidades.
BRASIL= SOCIAL + INFRAESTRUTURA + INTEGRAÇÃO
"...continuar fazendo tantos programas na área social como na área de infraestrutura e, sobretudo, eu queria deixar claro aqui o nosso compromisso com a integração regional." Dilma Roussef
A presidenta destacou a importância da infraestrutura para a integração regional, que “expande as nossas fronteiras, expande as nossas oportunidades, expande as nossas economias. Daí porque o Brasil se dedicou,
nos últimos anos, a investir fortemente na integração de infraestrutura”, salientou a presidenta.
Sexta-feira, 10 de abril de 2015 às 19:18
Investimento em infraestrutura é o próximo desafio do Brasil, afirma presidenta Dilma
Cidade do Panamá-Panamá, 10 de abril de 2015
Discurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff, durante participação no Foro Empresarial das Américas - Unindo as Américas: Integração Produtiva para o Desenvolvimento Inclusivo
Muito obrigada,
Primeiro eu queria cumprimentar o presidente do BID, o nosso querido Moreno.
Cumprimentar os presidentes Obama, o presidente que nos recebe hoje com essa elegância, com toda acolhida, também, cumprimento e agradeço a recepção. E cumprimentar o presidente Peña Nieto.
Eu considero que essa discussão e o tema do Foro Empresarial, que é transformar o diálogo em ação, é muito importante, porque nós dialogamos para agir, para mudar. Eu quero dizer que a grande mudança que o Brasil deseja e encaminhou nesses últimos anos é se transformar em um grande país de classe média. Esse é o objetivo da Nação brasileira. E aí, eu creio que uma das exigências maiores para se fazer isso é ter clareza do que é necessário para se transformar em um país de... um país extremamente desigual, talvez, um do mais desiguais do mundo, em um país em que nós caminhamos para uma acelerada inclusão social. Essa inclusão teve como base, primeiro, o crescimento econômico, e segundo, políticas sociais. Mas hoje nós temos um desafio, justamente porque 44 milhões de brasileiros foram elevados à classe média e 36 milhões saíram da pobreza, nós temos de seguir crescendo de forma sustentável, contínua e sistemática. E para fazer isso são necessárias algumas coisas. Primeiro, vou falar das coisas que são, eu diria assim, mais estruturais: Acho que investimento em infraestrutura é fundamental em países como o Brasil que precisa investir, não só em infraestrutura logística, não só em infraestrutura de energia, mas infraestrutura social urbana porque vivemos em grandes cidades. Então a nós afeta a questão dos serviços públicos. Se você eleva 44 milhões de pessoas à classe média essas pessoas passam a ter reivindicações próprias, passam a querer mais e melhor. Daí porque mobilidade urbana e habitação como infraestruturas sociais são fundamentais, junto, obviamente, com rodovias, portos, aeroportos e toda a expansão energética necessária para sustentar o crescimento.
A segunda questão é necessariamente a educação. Educar é o único jeito de assegurar que a transformação e a inclusão social sejam permanentes. E, um país como o Brasil, ele sempre tem desafios que são desafios que combinam, o que é sair do atraso com a necessidade de avançar para o futuro. A educação combina essas duas coisas. Primeiro, incluir os milhões de brasileiros que não tiveram acesso da creche ao pós-graduação, passando pelo ensino técnico e universitário. Depois, perceber que sem inovação, países como os nossos, que são países que têm nas commodities uma riqueza fundamental, e essa é uma riqueza fundamental, que nós queremos preservar, nós não podemos nos contentar só com isso.
Precisamos dar um passo além, e esse passo além só se dá se nós apostarmos na educação, na formação científica e tecnológica e buscarmos, inclusive, acompanhar o que há de melhor no mundo, como é caso da educação terciária nos Estados Unidos.
Precisamos dar um passo além, e esse passo além só se dá se nós apostarmos na educação, na formação científica e tecnológica e buscarmos, inclusive, acompanhar o que há de melhor no mundo, como é caso da educação terciária nos Estados Unidos.
Nós precisamos disso para dar o salto para economia do conhecimento. Então, a educação ela junta dois caminhos: a inclusão social, a necessidade de garantir que essas pessoas que melhoraram de renda não voltem atrás, não percam o que conquistaram. E depois é o fato de que nós só teremos, um País com 200 milhões de habitantes como o Brasil, só terá sustentabilidade se tiver uma agricultura, uma indústria e todo um setor serviços baseado em inovação, tecnologia, inovação e inovação, e isso é dado pela educação.
Então, o segundo ponto eu já entrei nele que é a questão da educação, aliás da inovação, educação/inovação. Um terceiro ponto fundamental, eu gostaria de falar, é a questão da integração regional. Acho que a integração regional das nossas economias funciona como um fator que expande as nossas fronteiras, expande as nossas oportunidades, expande as nossas economias. Daí porque o Brasil se dedicou, nos últimos anos, a investir fortemente na integração de infraestrutura. Eu elenquei alguns dos investimentos que eu considero muito importantes, que nós fizemos em parceria com os diferentes governos e empresários aqui do continente latino-americano. Me refiro no Paraguai à linha de transmissão que leva energia de Itaipu, que é uma das maiores hidrelétricas aqui do continente - se não a maior - à Assunção, garantindo ao Paraguai as condições para o crescimento industrial; no Uruguai, a integração energética, os parques eólicos, as linhas de transmissão, a conversora. Na Argentina, a construção e o financiamento do Gasoduto TGN Sul, o Gasoduto Sul e o Gasoduto Norte; a fase 3 do Gamesa; a estrutura de água e esgoto em toda a Buenos Aires, a grande Buenos Aires; em Cuba, o Porto de Mariel; na Guatemala, o trecho 1 da Rodovia Centroamericana; na Nicarágua, a Hidrelétrica de Tumarín; no México, o Pólo Petroquímico da Cidade do México.
Acho que essa integração de infraestrutura que agora nós temos de olhar com mais ênfase, é fundamental também para nossa região. Essa integração de infraestrutura tem de levar também à busca de uma maior expansão comercial, de uma maior abertura comercial, e também, de uma abertura grande aos investimentos inter-regionais. Eu estava falando há pouco com o presidente Peña Nieto e parabenizando pelo fato que o México é um dos grandes investidores no Brasil, e para nós são muito bem vindos.
Uma outra questão que eu considero fundamental é, justamente a abertura comercial e a desburocratização. O Brasil, dentro do Mercosul, tem hoje um claro compromisso para fazer um acordo dentro do Mercosul com a União Europeia. Nós estamos prontos para esse acordo. Recentemente, assinamos Memorando de Entendimento entre o Ministério do Desenvolvimento brasileiro e o Departamento de Comércio americano que eu considero muito importante, porque vai facilitar o comércio e fazer com que o nosso Portal Único de Exportações dialogue com a single window do sistema de comércio dos Estados Unidos. E cumprimentei também o presidente Peña Nieto pelo nosso acordo automotivo. Considero que todas essas iniciativas, elas contribuem para que nós tenhamos um horizonte de crescimento maior. Nós estamos, no Brasil, estamos fazendo um grande esforço de ajuste fiscal, porque adotamos medidas anticíclicas nesses últimos anos para evitar que houvesse uma queda muito forte, tanto no emprego como na renda. Nós esgotamos a nossa capacidade dessas medidas anticíclicas e agora temos de fazer todo um reequilíbrio para poder continuar crescendo. Mas sem dúvida sabemos que isso passa por continuar fazendo tantos programas na área social como na área de infraestrutura e, sobretudo, eu queria deixar claro aqui o nosso compromisso com a integração regional.
http://blog.planalto.gov.br/tempo-real-foro-empresarial-das-americas/trackback/Esse negócio de dizer que exportadores de commodities estão em posição subordinada no cenário mundial é nacionalismo sem sentido.
O objetivo de qualquer atividade econômica é produzir bens e serviços que satisfaçam necessidades dos consumidores, além de gerar emprego e renda. Assim, não importa muito se um país exporta isto ou aquilo. Esse tipo de nacionalismo fez muito sucesso nos anos 1960 e 1970, tendo sido formulado de maneira mais elaborada pela Cepal e alguns teóricos da dependência. Só que essas concepções estavam erradas! Um erro crucial da teoria do subdesenvolvimento foi não ter levado devidamente em conta que o aumento da produtividade rebaixa muito os preços dos produtos industrializados, levando as multinacionais a industrializar a dita "periferia" em um nível que eles não previram. Esse equívoco já se evidenciou na América Latina das décadas de 1950 a 1970, como se viu na trajetória brasileira de JK até o "milagre econômico". Não bastasse isso, a China jogou os preços dos produtos industrializados para baixo ao mesmo tempo em que elevou os preços das commodities, invertendo todo o raciocínio da Cepal. Finalmente, temos os exemplos do Canadá e Austrália para ver que as exportações de commodities auxiliam em muito quando se trata de atingir altos níveis de renda per capita e, portanto, de bem-estar social.
“O nosso objetivo é não sermos apenas produtores de commodities e sim entrarmos na economia do conhecimento e introduzirmos a inovação. Sim, temos riqueza (…) Podemos ser grandes produtores de commodities, mas também temos homens e mulheres que serão capazes de criar um novo século de inovação baseada na pesquisa e ciência”
Os países da América Latina, não podem se contentar em ser apenas fornecedores de matérias-primas (commodities), afirmou a presidenta Dilma Rousseff nesta sexta-feira (10), durante o Foro Empresarial das Américas, realizado na cidade do Panamá. Segundo ela:
é preciso investir em educação e inovação,
a fim de assegurar as conquistas recentes e
dar um salto para a economia do conhecimento.
"é preciso investir em educação e inovação,
a fim de assegurar as conquistas recentes e
dar um salto para a economia do conhecimento."
é preciso investir em educação e inovação,
a fim de assegurar as conquistas recentes e
dar um salto para a economia do conhecimento.
"é preciso investir em educação e inovação,
a fim de assegurar as conquistas recentes e
dar um salto para a economia do conhecimento."
"As commodities", disse Dilma, “são uma riqueza fundamental, que nós queremos preservar, [mas] não podemos nos contentar só com isso. Precisamos dar um passo além. E esse passo além só se dá se apostarmos na educação, na formação científica e tecnológica e buscarmos, inclusive, acompanhar o que há de melhor no mundo, como é caso da educação terciária nos Estados Unidos”.
ESTAMOS NUMA SEGUNDA FASE
NESSA FASE DOIS HÁ UM APROFUNDAMENTO DOS ESFORÇOS EM EDUCAÇÃO E INFRAESTRUTURA COM DIRECIONAMENTO PARA CIÊNCIA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA QUE PERMITIRÃO ALAVANCAR A PRODUTIVIDADE NÃO SÓ DAS COMMODITIES COMO TAMBÉM DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS.
GARANTINDO ASSIM AVANÇOS E IMPEDINDO RETROCESSOS NAS CONQUISTAS SOCIAIS JÁ ALCANÇADAS, ASSIM COMO ASSEGURANDO CRESCIMENTO ECONÔMICO E UM CORRETO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO PAÍS E DE SEUS ALIADOS.
SEMPRE PRIMANDO PELA INTEGRAÇÃO GLOBAL DOS POVOS E PELOS SEUS DIREITOS INDIVIDUAIS E TENDO COMO FIM ASSEGURAR O BEM-ESTAR DE TODOS E A DIGNIDADE HUMANA!
Não é que a presidente Dilma considere diminuir gastos com seus programas sociais. O que ocorre, é que os benefícios econômicos diretos e indiretos desses programas ainda que tenham colocado o país num outro patamar não serão capazes por si só de continuar com o crescimento almejado. O Brasil precisa crescer ainda mais, precisa subir um novo degrau, e nesse novo nível não basta a população ter saído da miséria social e sermos bons produtores de commodities. No atual patamar que nos encontramos já podemos pensar em ser -também- grandes produtores de produtos industrializados.
Fazer do Brasil um país de classe média,
não só no que diz respeito à renda,
mas também em relação ao nível educacional da população.
“Hoje, a América Latina e o Caribe têm menos pobreza, fome, analfabetismo e mortalidade infantil. (…) Mas é preciso mais riqueza, dignidade, educação e é isso o que vamos construir nos próximos anos”,
Dilma: Educação é indispensável para gerar oportunidades e ino...
“Uma educação inclusiva e de qualidade em todos os níveis é, sem sombra de dúvida, o maior desafio no nosso continente porque ela é indispensável para romper o ciclo de reprodução da desigualdade”. A afirmação foi feita pela presidenta Dilma Rousseff durante a Cúpula das Américas, no sábado (11). Para ela, é preciso democratizar o acesso ao conhecimento para não sermos apenas produtores de commodities. goo.gl/Rlvaf1
Posted by Palácio do Planalto on Domingo, 12 de abril de 2015
By Mico-Leão-Dourado
//Luiz Carlos Tollstadius
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