terça-feira, 18 de julho de 2017

ROBERTO REQUIÃO DIZ QUE : O BRASIL É NOSSO!


Não basta gritar 'Fora Temer', 'Diretas já'
É preciso juntar forças amplas e diversificadas em torno de uma plataforma comum - em defesa da Nação, da democracia e dos direitos do povo. Respeitando as diferenças, sem estreiteza nem sectarismo. Numa construção progressiva, "por cima" - articulando partidos, movimentos sociais, instituições democráticas, lideranças e personalidades influentes; e "pela base" - travando a luta cotidiana combinando interesses imediatos com o projeto nacional, com sentido unitário.  ( Luciano Siqueira )

Frente Ampla Brasil,  porque...
"O Brasil é Nosso!"


Conversei longamente com o Senador Roberto Requião na 19ª Conferencia Interestadual dos Bancários, ocorrida em Aracajú (SE) no dia da abertura, 15 de julho de 2017. Estávamos no restaurante, no horário do café da manhã, próximo ao Auditório onde, DEPOIS, ele proferiria a palestra de abertura.

Durante quase 2 horas, perguntei tudo que queria saber do Senador,
de "A à Z".  Sobre Lula, Dilma, Dirceu, Gleisi, Lindbergh, Ciro, Cardozo, Moro, Dallagnol... ninguém ficou de fora.

Sobre a conversa toda, prometo fazer outro post, mas o que me restou como tarefa foi escrever sobre o "PROJETO".  Isso mesmo, sobre  o "PROJETO"! Não que tenha me encomendado alguma coisa nesse sentido. Mas ele foi tão minucioso sobre o assunto: Necessidade de um "PROJETO" para o Brasil, que vou me ocupar aqui, nesse post, disso, do "PROJETO".

Segundo Requião, nada é mais importante agora que uma Frente Ampla Unificada Nacionalista (que já existe) com um projeto para o Brasil.

Não faz sentindo essa disputa acirrada de nomes quando ainda não temos sequer um Projeto para a Nação.  Claro que precisamos de um líder; mas primeiro precisamos da Frente e do Projeto e do engajamento do povo e do congresso em torno dele, para que exista sustentabilidade do mandato eletivo. Aí sim, depois disso, podemos pensar em eleição.

Essa frente supra-partidária "Nacionalista" tem como objetivo se contrapor ao Entreguismo do País, que se encontra nas mãos dos rentistas nacionais e internacionais.


A prova patente que o comando da Nação foi parar na mão do Capital-Financeiro-Internacional-Especulativo é o Orçamento!

Nos Gráficos do Orçamento Nacional se DESENHA quem é que fica com a parte do Leão, ou seja, quem manda, VEJAM:

Como denunciou o Rodrigo Janot, o chefe da quadrilha é o presidente do Brasil.  Mas o verdadeiro mentor, que está por trás de tudo (e de Temer) não é o Cunha, é o Meireles!

O inimigo número 1 da Nação Brasileira que está aí no governo é o Meirelles. Ele que é o sustentáculo de Temer.  (Moniz Bandeira)

Meireles, aluno de Harvard, praticamente um cidadão americano, após o Golpe contra Dilma, no desgoverno Temer, está consolidando essa ditadura do capital financeiro estrangeiro (em conluio com o empresariado nacional), e pretende disfarçadamente legalizar tudo com um Banco Central Independente, similar ao FED Americano (Federal Reserve).  Não querem mais intermediários, os bancos privados nacionais e estrangeiros querem governar diretamente.

Isso no Andar de Cima - em Brasília - pois o Brasil tem também outro governo no andar de baixo - em Curitiba - onde Sérgio Moro e Janot trabalham em coordenação com o Departamento de Justiça dos EUA.

 Lula e Dilma e sua incapacidade crônica de se valer dos instrumentos de poder. (Nassif)


Dilma, inexperiente, deixou que o "republicanismo" de (José) Cardozo empoderasse a PF, PGR, MP...
Tudo isso correndo solto contra o seu governo.  Mas Requião, ao contrário de Moniz Bandeira, não acredita que "O Brasil foi destruído por dentro com uma quinta coluna".

Foi desorganização e corrupção mesmo! 
A desorganização do executivo, porque Dilma é incorruptível, uma mulher exemplar.
Mas principalmente dos partidos, que são hoje como nunca o foram, corrompidos e desorganizados, se vendem fácil aos interesses dos Financistas.

Os ataques dos Especuladores Estrangeiros, as tentativas de controlar nossa economia sempre existiram e sempre existirão.  Mas só um congresso deformado por partidos como esses que temos agora, desorganizados e corrompidos, aceitariam todas essas coisas contrárias aos interesse do Brasil e dos brasileiros.

Requião não acredita também numa ditadura jurídico-midiática, isso é uma grande besteira, o Capital Financeiro Internacional coloca todo mundo a seu favor, corrompe e compra todo mundo para fazer o que ele quer fazer, inclusive o judiciário e a mídia.


Mas Requião acredita que esse projeto Neo-Liberal não é invencível, os brasileiros podem se unir em torno de um projeto contrário ao entreguismo, contrário ao capitalismo selvagem e radical.

O PROJETO TEMER/MEIRELES é voltado para o SUPERÁVIT FISCAL
Aumentar lucros do capital financeiro (rentistas) em detrimento do social (povo).
   VEJA AQUI!
Então é preciso um PROJETO CONTRÁRIO!
Um projeto em favor do POVO!

Não precisa ser um projeto socialista ou comunista, basta ser nacionalista com fins sociais.  Lula fez um Governo quase assim, Portugal de hoje tem um governo assim e Jango (que ao contrário do que muitos pensam não era socialista) tinham vários projetos nacionalistas e desenvolvimentistas.

Mas é preciso evitar - a todo custo - o facismo, ou seja, nacionalismo exacerbado, xenófobo e racista.  Tem que ser uma coisa mais "light", mais tupiniquim como convém a Pindorama, nada de imitar a Europa direitista, tem que ser um nacionalismo meio-esquerdista, ou até todo esquerdista.

É possível, na conjuntura atual, derrotar o projeto neoliberal?

ROBERTO REQUIÃO - Claro que é, nós sempre dizemos: "Tudo vai acabar bem". Quando está muito ruim, é que ainda não acabou. Nós estamos em um processo histórico e o Brasil vai superar isso.

 “fazer as alianças necessárias, 
mas sem traficar princípios” 
(Marx)
Segundo Requião, em nossa conversa,  a saída (a solução ) seria essa aí em cima:  Revitalizar a frente ampla com um projeto nacionalista.

Mas é claro, existem muitas dificuldades, entraves e perigos dessa Frente Nacionalista.

Comecemos pelas "alianças" pois se crê que justamente por alianças mal-feitas que chegamos nesse Caos no qual nos encontramos.  
Não é totalmente verdade, nossas alianças foram costurados com o melhor que existia, ou o menos pior.  Além disso, não se pode fazer alianças com o que não existe, ou com aqueles que não querem se unir.  O erro, creio eu, não foi fazer alianças, mas fazer alianças erradas e abrir mão de certos princípios, flexibilizá-los demais.

De qualquer forma, por uma questão de sobrevivência da nação precisamos aprimorar as alianças e construir essa tal frente ampla, que atualmente só existe no papel. 

Purismos a parte, num primeiro momento, isso sou eu que digo e não o senador Requião, precisamos de um acordão de sobrevivência dos partidos com uma trégua temporária até as eleições.  Os partidos tem que se comprometer numa pacificação até - no mínimo - as próximas eleições.

Bora parar de aceitar político 
falar em defesa de Lula (e Dilma). 
Eles estão sendo massacrados 
e estuprados em seus direitos a céu aberto. 
Político
s -que se diz do nosso lado- 
tá assistindo um assassinato de direitos, 
da saúde, da honra, da paz... INERTE. 
Srs POLÍTICOS, 
OU NOS LIDEREM P/ O LEVANTE CONTRA O GOLPE 
OU ASSUMAM OS OPORTUNISTAS QUE SÃO. 
AMANHÃ SERÁ CONTRA VOCÊS, 
E VERÃO COMO É TODO MUNDO ASSISTINDO 
DE BRAÇOS CRUZADOS 
ESPERANDO SUA MORTE OU PRISÃO. 
OU DERRUBAMOS O GOLPE 
OU ESTA DITADURA ENTERRARÁ TODOS NÓS.
#LevantePopularNoCongressoJÁ!    Míriam M. Morais

A partir desse acordão geral amplo e irrestrito inicial é que poderemos selecionar quem permanece na tal frente ampla unificada porém restrita.

Uma excelente idéia, para selecionar e consolidar essa FRENTE AMPLA E ÚNICA que está morta no Papel seria pedir colaboração do PSol, Rede e de todos os partidos que compõe a frente, que se expressem num Manifesto com 'MEA CULPA" pedindo Anulação do Impeachment da Dilma.

SÓ UM DILMA JÁ!
PARA TER UM LULA LÁ! 
QUEM CONCORDA ? 
DIGA FORA MORO!

Após essas assinaturas dos partidos pela anulação do impeachment, e o empenho pela sua aprovação no parlamento, poderia então acontecer a pretendida unificação em torno de um projeto progressista com foco no trabalhador.  Ou talvez,  com pretende Requião:  "Uma Aliança do Trabalho e o Capital Produtivo"

É preciso recuperar não só o comando do Brasil, é preciso barrar o anti-patriotismo, ataques a soberania nacional e a entrega do nosso território com suas riquezas ao estrangeiro :

Petrobrás,  Pré-Sal, Amazonia, Base de Alcantara, Indústria de Base, Construção Naval, Projetos Nucleares, Bancos Públicos, etc.

Então acabou a democracia mesmo? Estamos realmente numa Ditadura?
É só observar, diz Requião: "Quando 83% da população diz que não quer a REFORMA TRABALHISTA, o Congresso vota e o presidente sanciona, alguma coisa está errada."

A NOSSA BANDEIRA TEM QUE SER:

O BRASIL É NOSSO! 
(E DE MAIS NINGUÉM)

By MicoLeão
Tollstadius


Exclusivo! Moniz Bandeira fala para o Cafezinho...



EDITORIALMais

Temer quer o Brasil submisso ao imperialismo
No final de maio, o governo ilegítimo de Michel Temer fez um pedido de adesão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A instituição reúne o conjunto dos países ricos – Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão, com a adesão de alguns outros – que, juntos, têm 1,2 bilhão de habitantes e um PIB de US$ 38,3 trilhões. Reúne os principais países imperialistas e impõe aos demais um ultraliberalismo radical.

A adesão que Michel Temer pretende é a mais veemente ilustração da mudança na política externa brasileira feita por seu governo golpista.

Aquele pedido corresponde aos anseios entreguistas de uma visão subordinada do Brasil nas relações internacionais, submetido às imposições imperialistas no mundo, em especial dos EUA. E significa uma mudança radical na política externa do país, que desde o primeiro mandato do presidente Lula rejeitou essa adesão.

Em 2007 a OCDE tentou obter a adesão do Brasil, que o governo Lula, em sintonia com o Itamaraty, não aceitou, preferindo fortalecer as relações Sul-Sul, pela integração da América do Sul, ampliação das relações com nações africanas, e favorecendo sobretudo o fortalecimento dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) como polo de integração soberana do Brasil no mundo.

As regras da OCDE, extremamente favoráveis ao grande capital especulativo, impõem a liberalização radical, e obrigam a renúncia à soberania nacional e à regulação da ação do capital.

Temer e seus acólitos não confessam que a aprovação procurada, na verdade, não é a dos povos e das nações, mas sim a das finanças internacionais. E sinaliza sua rendição às imposições do capital estrangeiro especulativo adotando as condições que supõem serem exigidas para atrair seus investimentos no Brasil.

A não aceitação de se juntar à OCDE pelo governo Lula tinha razão de ser. Para aderir àquele organismo, o Brasil teria que abrir mão de sua soberania sobre áreas importantes, como a criação de regras para o controle da ação do capital, que ficaria subordinado às regras ultraliberais impostas a partir de Paris, onde fica a sede da OCDE.

Ficaria vetada a regulação de áreas vitais, estratégicas, para o desenvolvimento nacional, como investimentos, comércio, agricultura, pesca, saúde, educação, ciência e tecnologia, governança corporativa, meio ambiente, seguros e previdência social, entre outras áreas.

Renúncia que pode chegar à abdicação do direito de julgar, nos tribunais brasileiros, e de acordo com a legislação brasileira, disputas envolvendo investidores estrangeiros. Disputas que ficariam subordinadas a tribunais, juízes e leis estrangeiras.

A eventual adesão do Brasil, se ocorrer, pode tornar-se o mais grave atentado à soberania brasileira promovido pelo governo antinacional de Michel Temer.

A política externa vexaminosa do governo golpista, dominada pelos preconceitos de subalternidade brasileira no mundo, rejeita a política externa definida pelo ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim como ativa e altiva, praticada desde 2003. O pedido de adesão considerado por este governo entreguista como um selo de qualidade, de aprovação do Brasil, no exterior, submete o país a interesses externos e compromete a soberania nacional.

Esta é uma medida antinacional grave que os setores patrióticos e democráticos não podem aceitar, mas denunciar com veemência e se mobilizar contra mais esta tentativa de submissão do Brasil a potências imperialistas.

Mídia internacional desmascara o Golpe no Brasil

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quinta-feira, 13 de julho de 2017

MICO AVISA AOS AMIGOS E AOS INIMIGOS: NEM TUDO ESTÁ PERDIDO!


Não cantem a vitória antes do tempo...
QUEM VIVER VERÁ - VAMOS NOS REINVENTAR!
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Salmos 53

1 Diz o coxinha em seu coração: "Deus não existe! "
(Corromperam-se e cometeram injustiças detestáveis; não há ninguém que faça o bem.)
2 Deus olha lá dos céus para os filhos dos homens, para ver se há alguém que tenha entendimento, alguém que busque a Deus.
3 Todos se desviaram, igualmente se corromperam; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer.
4 Será que os malfeitores não aprendem? Eles devoram o meu povo como quem come pão, e não clamam a Deus!5 Olhem! Estão tomados de pavor, quando não existe motivo algum para temer! Pois foi Deus quem espalhou os ossos dos que atacaram você; você os humilhou porque Deus os rejeitou.
6 Ah, se do Nordeste viesse a salvação para o Brasil!

RECADO:Quando Deus restaurar o seu povo, Petista exultará! Esquerda se regozijará!

"Não é hora de chorar ou desanimar, é hora de lutar. Sempre na luta"
Deixemos o discreto silêncio envergonhado para os coxinhas 

(Eliane Morandi)

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Faca no Pescoço do Trabalhador

Uma faca na mão de uma criança ou na mão de um bandido pode ser extremamente perigosa.  A faca -em si mesmo- não carrega nenhum perigo, pode ser usada, por exemplo para passar manteiga no pão.

Assim são as novas regras trabalhistas, aprovadas no Senado.

No tempo da escravidão, muitos eram os Escravos que viviam razoavelmente bem com seus Senhores.  Mas haviam muitos Escravos, nas mãos de outros Senhores, que sequer podiam dizer que "viviam".

Por mais ingênuos que fossemos, não acreditaríamos nessa Reforma Trabalhista como uma "MODERNIZAÇÃO".  

Não! Sem sombra de dúvidas, não avançamos, trata-se de um retrocesso: um terrível retrocesso, talvez de muitos séculos.  Por certo regredimos ao tempo da escravidão, uma escravidão disfarçada, menos visível a olho nu, mas igual ou pior que aquela de mais de uma centena de anos.

O Brasil, dizem, foi o último país do mundo a abandonar a escravidão.  E agora o primeiro do planeta a retornar com esse sistema arcaico.


SUPREMA PERVERSIDADE 
  • DO STF DE CARMEN LÚCIA
  • DAS RATAZANAS (COXAS)
  • DOS CORRUPTOS SENADORES 
E DO GOLPISTA TEMER.

A PRESIDENTE do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia negou seguimento (julgou inviável) nesta segunda-feira (10) a um mandado de segurança impetrado por senadores da oposição que pretendia suspender a tramitação do projeto de reforma trabalhista por 20 dias.
O MANDADO de segurança foi assinado por 18 senadores 
– a maioria do Partido dos Trabalhadores (PT) - 
que pediam que fossem realizados os cálculos de IMPACTO orçamentário e financeiro provocados pela PERVERSIDADE trabalhista das RATAZANAS.







REFORMA TRABALHISTA SERIA NULA
PORQUE CONTRARIA A LEI ÁUREA DE 1888
E TAMBÉM A CONSTITUIÇÃO DE 1988:
LEI FUNDAMENTAL E SUPREMA DO BRASIL.
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O SENADO NÃO PODERIA APROVAR A REVOGAÇÃO 
DA LEI ÁUREA SEM EXPRESSO CONSENTIMENTO DO STF.
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O SUPREMO CONSENTIU A REVOGAÇÃO DA LEI ÁUREA - E O SENADO APROVOU A VOLTA DA ESCRAVIDÃO,
ATRAVÉS DA "REFORMA TRABALHISTA"
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"Os nazistas mantinham os judeus em fome constante. Assim, os judeus se ocupavam apenas de uma única tarefa durante o dia todo: procurar alimento, sobreviver, matar a fome imediata e urgente.
Não tinham tempo e nem energia para organizar conspirações, rebeliões e planos de fuga. A vida se resumia a uma luta individualista, egoísta e solitária pela mera subsistência.
De modo análogo, a maioria dos brasileiros se ocupa apenas da sobrevivência e da dura conquista do básico: moradia, comida, escola e saúde.
E mesmo os poucos que conseguem manter esse básico (especialmente a classe média) não têm tempo para se preocupar com mais nada: acordam muito cedo, trabalham mais de 8 horas, retornam exaustos, assistem o Jornal Nacional e vão dormir para reiniciar a labuta no dia seguinte.
A vida se resume a uma luta individualista, egoísta e solitária pela manutenção do básico.
E as TVs, os jornais e revistas reforçam e martelam diariamente essa ideologia do individualismo e do trabalho maquinal: pense apenas em você; invista apenas em você; é cada um por si; não reclame, trabalhe; não seja vagabundo, trabalhe até o fim da vida; sempre foi e sempre será assim; com esforço você conseguirá vencer; a meritocracia fará você vencer; os sindicatos não servem pra nada; a política não presta; o coletivismo é um sonho; o socialismo morreu; os empresários vão melhorar sua vida; o capitalismo selvagem e sem grilhões é o futuro. E tudo isso é mostrado ao público através de um lustro acadêmico e profissional.
A propaganda é tão intensa e tão bem feita que poucos conseguem perceber a grande farsa que existe por trás dessa forma de pensar.
Diante desse cenário, a grande maioria dos brasileiros pouco se importa se o país está passando por um golpe de estado, se os direitos humanos já foram pro vinagre, se não existe mais democracia, se a constituição foi rasgada, se existe prisão política, se haverá uma ditadura militar, se os pobres da cracolância estão sendo tratados como lixo.
Para quem a sobrevivência é a única preocupação, essas questões parecem supérfluas, um luxo desnecessário que só se justifica em países ricos. Tudo isso se apresenta como uma névoa de acontecimentos, um falatório confuso, um ruído de fundo na vida cinzenta e maquinal dos trabalhadores.
Querer que essa multidão de autômatos se levante para lutar pela democracia é ser totalmente irrealista, romântico e ingênuo.
A grande massa de trabalhadores sem sindicatos, desorganizados e desinformados, apenas perceberão que algo mudou no país quando forem terceirizados, quando não mais tiverem direito a férias e décimo terceiro, quando a carga de trabalho aumentar e o salário diminuir, quando descobrirem que não irão mais se aposentar.
A grande massa de trabalhadores não aprende pela informação (pois a única informação que possui vem de seus algozes), aprende pela prática do dia-a-dia.
Quando a grande massa de trabalhadores descobrir que tudo mudou, já será tarde demais para mudar." (Professora Alessandra Vieira).
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 Rita De Cassia Colacique estava a sentir-se desolada.
Quando Lula assumiu a presidência em 2003 a Justiça do Trabalho - assim como a maioria do funcionalismo público federal - estava uma lástima. Vínhamos de um período de OITO anos sem reajuste salarial, os benefícios eram irrisórios, além disso, o volume de trabalho era imenso porque os concursos ficaram suspensos por vários anos. Os funcionários mais antigos iam se aposentando e os que ficavam iam se sobrecarregando cada vez mais. Tudo isso sobre o controle do sociólogo FHC.
Lula chegou e não fez nenhuma mágica, não deu nenhum reajuste extravagante, não abriu a porta da alegria tipo Sarney no final dos anos oitenta.
Ele apenas pôs ordem na casa. Novas varas foram criadas, vários concursos foram abertos, o número de funcionários aumentou consideravelmente (pena que o número de processos sempre supera as expectativas). Foram elaborados Planos de Cargos e Salários que, ao longo dos oito anos do governo Lula e dos primeiros quatro anos do governo Dilma, restituíram nosso poder de compra.
Quando Lula deixou o governo, oito anos depois, ganhávamos praticamente o dobro do que quando ele entrou, incluindo os benefícios.
Agora, vejo antigos colegas de trabalho comemorando a condenação do Lula. Certamente não estariam comemorando se a condenação fosse do Aécio, do Serra ou do FHC.
OH, MUNDO CRUEL E BURRO ESTE EM QUE VIVEMOS


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Diálogo pra entender a reforma trabalhista: 
VOCÊ ESTÁ DEMITIDO!
- Você está demitido.
- Virge santíssima, não brinca assim.
- É sério. Você está demitido.
- Nossa! Mas de uma hora pra outra?
- Sabe como é, a empresa vai passar por uma reestruturação.
- Puxa, eu trabalho há 27 anos aqui, nunca trabalhei em outro lugar.
- Pois é. Chamei o senhor aqui para negociar.
- Negociar o quê?
- Os termos da demissão em comum acordo.
- Como assim? Não tem nada de comum acordo. Estou sendo demitido. E sem justa causa.
- A causa é justa, na verdade. Entenda. É a crise. Mas de fato não podemos caracterizar como justa causa. Uma pena.
- Então não tem o que negociar.
- Sabe o que é? A gente quer contar com o senhor no futuro. Como colaborador, entende?
- Não. Não entendo.
- Seus serviços. O senhor desempenha uma função essencial para os nossos negócios, e não podemos deixá-lo na mão. Acredito que possamos entrar num acordo para terceirizar você assim que a lei permitir.
- E quando vai ser isso?
- Daqui a 18 meses. É o que está na nova lei. Quarentena para migrar de contrato por tempo indeterminado para contrato intermitente.
- Dezoito meses? E como eu vivo até lá?
- Veja bem, tenho certeza que o senhor vai saber se virar. Não faltarão oportunidades.
- Aos 46 anos? Sei...
- Ah, não fala assim. Você está no auge. Não é toda companhia que pode contar com a sua experiência. E você ainda pode pegar um trabalho por produção...
- Produção?
- É, ora. A empresa paga você pelo que você produzir. E você se vira com o resto. Não precisa bater ponto nem nada. Muito mais fácil assim, sem transporte, sem alimentação, sem estação de trabalho... Por até 17 meses.
- Dezessete meses?
- Isso. É a lei. Para não incidirem impostos e para você não sacar o seguro desemprego. Mas isso é outro assunto. Não se preocupe com isso agora.
- Caramba. Estou chocado. Minhas mãos estão até tremendo. Tem o financiamento da casa, a faculdade da Ana, o colégio do Edu.
- Toma um gole d'água. Melhorou?
- Bom, pelo menos vou poder sacar o FGTS até me acertar.
- 80%.
- Como?
- 80% do FGTS. É o que estabelece a nova lei. Se fizermos um acordo, você poderá retirar 80% do FGTS.
- Meu Deus... Ainda bem que tem 40% de multa rescisória.
- 20%.
- Como?
- 20% de multa. É o que diz a nova lei. Se fizermos um acordo, a empresa paga 20% da multa. Sobre 80% do fundo, é claro. É justo. É a metade entre zero e 40%. Todos ganham.
- Todos ganham? Como assim, todos ganham? E se eu não quiser fazer acordo nenhum?
- Aí será mesmo uma pena, porque nunca mais vamos contratar você como PJ.
- Mas esse acordo, vou consultar o sindicato.
- Não adianta.
- Como?
- Não adianta. É o que determina a nova lei. Os acordos individuais entre patrão e empregado valem mais do que as convenções e os acordos coletivos.
- Rapaz... mas a legislação...
- Esquece.
- Como?
- Esquece a legislação. Está na lei. Os acordos entre patrão e empregado valem mais do que a legislação.
- Não é possível! Não foi para isso que eu fui a dezenas de assembléias, não foi para isso que eu me sindicalizei, nem é pra isso que pagamos a contribuição compulsória.
- Acabou.
- O quê?
- A contribuição sindical obrigatória. Não é incrível? Finalmente. Bando de sanguessugas. Repara como essa reforma é boa. Você não vai mais precisar pagar a contribuição sindical. Taí um Congresso Nacional que defende o trabalhador.
(Camilo Vannuchi)

Elvis Rocha

Só dois tipos de pessoas estão   
festejando a deforma trabalhista do MT: 
As ricas e as Burras.
                                              Você é rico?